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Meditação – Salmo 19, 14

“As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” Salmo 19, 14

 

Você já conheceu alguém que tenha o hábito de falar sem pensar? Que reaja às situações com pressa e depois tenha de consertar o que disse? Pessoas assim são impulsivas e geralmente demonstram ter uma boca mais rápida do que seu raciocínio e ponderação.

No texto de nossa meditação de hoje, o salmista pretende submeter suas palavras e seus pensamentos, de maneira que ambos sejam agradáveis para Deus.

Isso mostra uma realidade que todos conhecem: há uma distância entre o que pensamos e o que falamos. Ninguém, em sã consciência, fala tudo o que lhe vem à mente! Mesmo sendo alguém impulsivo, que fala sem pensar.

Há alguns anos, li um gibi do professor Pardal, famoso inventor dos quadrinhos, em que ele desenvolveu uma máquina que lia os pensamentos das pessoas. Bastava ele apontar a máquina para alguém, e seus pensamentos apareciam na tela da máquina.

Quando ele começou a testar a máquina, descobriu algo inusitado: o que as pessoas falavam não era o mesmo que elas estavam pensando! Havia um descompasso entre pensamento e fala. As falas eram convenientes socialmente, mas o pensamento, que era restrito apenas à própria pessoa, era bem diferente!

Todos nós sabemos como isso é uma realidade em nossa convivência, seja em família, com amigos ou na igreja. Não dizemos tudo o que pensamos. E mais, alguns de nossos pensamentos, se fossem revelados como aconteceu com a máquina do professor Pardal, nos fariam sentir vergonha.

Aprendemos nas Escrituras que nossos pensamentos não são como os pensamentos de Deus, e nem os nossos caminhos não são como os Dele (Is.55,8). O nosso pensamento e a nossa fala são marcados pela nossa realidade de pecadores, carentes da graça e da misericórdia de Deus.

Tendo consciência disso, e mais, tendo certeza da presença constante do Espírito Santo conosco, podemos desejar, como faz o salmista, que as nossas palavras e os nossos pensamentos sejam agradáveis na presença de Deus. Não porque somos bons, porque não somos; não porque haja sempre coerência entre aquilo que pensamos e falamos, porque não há; mas porque ele é o nosso redentor e a nossa rocha. Porque podemos confiar em sua graça, que é maior do que a vida (Sl.63,3).

Que a nossa oração seja a mesma do salmista. 

Para pensar: Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. (Pv.4,23 – NTLH).